sábado, 16 de janeiro de 2016

Obras da Encosta do Bloco B (Irineu Cruzeiro e Carlos Teixeira)

As obras da encosta entre o bloco A e bloco B estão sendo realizadas para melhoria visual e para a contenção de eventuais riscos de deslizamentos que o local oferece.
Em entrevista exclusiva ao nosso informativo o Encarregado da obra, Sr. José Ventura de Alves, afirmou que “foram realizados estudos pelas secretarias de obras e Secretaria do meio ambiente, junto às comunidades em consenso, em executar as obras”.



O Sr. José Ventura de Alves declarou também que as obras foram iniciadas no começo de 2015 e a previsão de conclusão era julho de 2015. O atraso maior foi devido ao afloramento das nascentes. Declarou também q1ue a obra foi orçada em 1 milhão e meio com recursos federais do Ministério do Interior.


Foi inicialmente realizado o Estudo do solo, em seguida ocorreram as desapropriações e foi realizada a terraplanagem, a obra está quase concluída e que um grande desafio encontrado foi o corte e a remoção de tanta terra, destacou o encarregado das obras. Atualmente os trabalhadores estão construindo o muro de contenção e as obras de arte e posteriormente farão o acabamento final.

O maior desafio enfrentado na obra foi lidar com as nascentes, “pensavamos que eram apenas algumas nascentes, mas a certa altura da obra afloraram várias nascentes por uma área de cerca de 300 metros ao longo da obra, então a descoberta de várias nascentes levou à necessidade de realizar novos estudos e readequamento de gestão da obra.


Ainda de acordo com o Encarregado “as nascentes estão sendo protegidas através de drenagens, e serão conduzidas até o leito do córrego Dr. Robson, buscando preservar todas elas. O projeto foi elaborado pela Secretaria Municipal do Meio ambiente e o mesmo conclui a entrevista afirmando que sua equipe busca trabalhar com as melhores tecnologias do mercado e destaca o trabalho conjunto das secretarias de obras e de meio ambiente e das Associações de Moradores dos Blocos A e B na conscientização das comunidades envolvidas e no acompanhamento conjunto das obras.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Zika: Vitória decreta estado de emergência e solicita apoio do Exército

A Prefeitura de Vitória declara situação de emergência na capital em função da epidemia de Zika vírus, dengue e chikungunya, doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O combate vai envolver os soldados do Exército, além das equipes da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), a fim de garantir uma ação intensa e evitar o avanço da Zika e suas sequelas, como a microcefalia. O decreto municipal será encaminhado para publicação nesta quarta-feira (2).
A ação será deflagrada no próximo domingo (6), das 9 às 12 horas, com o Dia D de combate e conscientização quanto ao perigo do mosquito Aedes aegypti, nos bairros da Penha, Bonfim e Itararé, locais com maior número de casos.
"Com a situação de emergência e a intensa mobilização de guerra contra o mosquito transmissor das doenças virais, queremos evitar o pior, que são as consequências graves, como a geração de crianças com microcefalia", disse o prefeito Luciano Rezende. Ele ressaltou ainda que o objetivo é prosseguir com uma ação bastante intensa durante a semana, envolvendo as lideranças comunitárias, religiosas e outras.
Casos
Até esta quarta-feira (2), já foram notificados 169 casos de Zika e seis gestantes estão sendo monitoradas pela rede municipal de saúde. Os bairros com maior incidência são Bonfim (25 casos), Bairro da Penha (23), Itararé (14), Santo Antônio (14) e Jesus de Nazareth (8).
Já a dengue teve o total de 3.599 notificações até novembro de 2015 e 3.449 em 2014 no mesmo período. A chikungunya não teve registro em Vitória até o momento.
Alerta
A situação de epidemia do vírus Zika levou a Prefeitura de Vitória a adotar medidas de alerta e convocação de uma força-tarefa, além de mobilizar moradores para apoio ao combate do Aedes.
"O alerta é importante para que o morador de Vitória entenda que a parte dele é fundamental na luta contra o mosquito. O Zika vírus é novo, mas a forma de combate do Aedes aegypti não muda. É preciso eliminar os criadouros e é fundamental a mudança de comportamento", ressaltou a gerente de Vigilância em Saúde, Arlete Frank Dutra.
Todos devem fazer o check list de sua casa e verificar os possíveis criadouros para eliminá-los.
Bloqueio
A Semus vem fazendo o bloqueio de possíveis novos casos dessas doenças com o uso de inseticida jogado pela equipe costal (que trabalha com o material nas costas) e com produtos químicos. Além disso, há a eliminação de criadouros com larvicida pelas equipes de agentes de endemias.
O Centro de Vigilância em Saúde Ambiental já fez a capacitação das equipes de saúde de todas as unidades de saúde recentemente. Também solicitou que seja elaborado um plano de intervenção com orientações aos moradores, membros do conselho local e agentes de combate às endemias, além de agentes comunitários, totalizando cerca de 450 pessoas.
Fumacê
Durante todo o mês, o carro fumacê seguirá um itinerário nos bairros, fazendo a circulação de madrugada, no período das 4 às 7 horas, e à noite, das 18 às 21 horas. O ciclo teve início nesta quarta-feira (2). 


SURTO DE MICROCEFALIA E A INFECÇÃO PELO ZIKA VÍRUS: MEDIDAS PREVENTIVAS

O Ministério da Saúde confirmou ontem que o aumento dos casos de microcefalia está associado à infecção pelo zika vírus. Os órgãos de vigilância epidemiológica estão empenhados na resolução do problema e, tão logo quanto possível, teremos mais informações sobre esses casos. Estamos pesquisando esses casos e procurando por respostas.

Não existe uma recomendação oficial para que as mulheres evitem gestar enquanto o surto persistir. Há uma recomendação de que essa decisão seja individualizada e cada mulher decida se deseja ou não engravidar, como normalmente já acontece.

Para as que já estão gestantes não há motivos para se desesperar! O zika vírus é transmitido pelo mosquito da dengue. Devemos lançar mão das mesmas estratégias que normalmente usamos para combater a dengue em épocas de surto. Nada de água parada, cuidado com plantas e recipientes que possam armazenar água, usar mosquiteiros e vestimentas que cubram o máximo possível de superfície corpórea. Isso, por si só, é mais importante que o repelente contra o mosquito, que é o que gera interesse da maioria das gestantes. É importante lembrar que as residências são responsáveis por 80% dos focos de mosquitos. Devido a estiagem em nossa região muitas pessoas estão armazendo água em sua residência. Qualquer local onde exista água parada é um foco em potencial, com atenção especial para calhas, caixas de água, vasos e plantas.

Repelentes

Sobre os repelentes podemos dizer que são uma maneira de proteção contra as picadas de mosquitos. Porém eles precisam ser utilizados corretamente e com segurança. Existem vários tipos de repelentes químicos com apresentação em aerossol, spray, líquido e creme. Os líquidos e cremes são preferíveis por facilitar a visualização das áreas que já receberam o repelente.

Os mais eficazes são os de dietiltoluamida (DEET). São os melhores defensores contra os insetos. As concentrações variam de produto para produto (10 a 50%). O tempo de proteção depende da concentração do produto utilizada. Os produtos com maiores concentrações de DEET protegem durante mais tempo. Estudos em humanos indicam que o uso tópico de repelentes com DEET na gestante não apresentam riscos.

A ANVISA recomenda que se utilizem repelentes com concentrações de DEET até 10% em CRIANÇAS de seis meses a 12 anos e que não se aplique mais de três vezes ao dia, evitando-se o uso prolongado. Para GESTANTES o ideal é a concentração entre 10 e 50% que confere uma maior proteção associada a uma maior duração. Os produtos à base de DEET têm duração de duas a seis horas.

Por exemplo, alguns produtos com DEET têm menos que 10% de concentração: OFF Kids, OFF, Autan, Repelex (7 a 9%). O super Repelex tem 14,5%.

A orientação é de aplicar o repelente nas áreas descobertas: braços, pernas, atrás das orelhas e no pescoço. Reaplicar até três vezes por dia.

Repelentes à base de ICARIDINA também são liberados para gestantes e bebês acima de dois anos. Além disso, têm um tempo de ação maior que aqueles à base de DEET (cinco a 10 horas). A literatura também demonstra segurança de repelentes á base de EBAAP (ou IR3535) em gestantes.

Deve-se lembrar que a epidemia de microcefalia associada à infecção por zika vírus está acontecendo porque as gestantes se infectaram há meses, portanto a medida mais importante é a prevenção. Nos meses de chuva teremos que intensificar as medidas que evitem o prolongamento da epidemia ou até mesmo uma nova epidemia.

Por fim, devemos seguir sempre as orientações da vigilância epidemiológica das secretarias de saúde estaduais e do Ministério da Saúde.

Sobre uso de repelentes na gravidez:

Microcefalia e Zika vírus:

O que é o Zika vírus:

É um arbovírus, um tipo de vírus transmitido por artrópodes, como os insetos. Conhecido pela sigla ZIKV, é parente dos causadores de outras doenças, como a dengue, a febre amarela e a febre ocidental do Nilo.

Transmissão:

 No Brasil, ele é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor do vírus da dengue. A infecção ocorre quando a fêmea do inseto pica uma pessoa com o vírus e depois se alimenta do sangue de outra que não tem o vírus, contaminando a pessoa.

Diagnóstico:

A suspeita é levantada por sintomas, mas a confirmação biológica é feita apenas por exames de sangue 

Sintomas: 

Segundo estimativas da OMS, 25% das pessoas que contraem o vírus não apresentam sintomas. Eles aparecem até 12 dias após a picada de um mosquito infectado e duram entre três e 12 dias. Podem manifestar-se na forma de:
 - dores nas articulações, principalmente das mãos e dos pés
- inchaço nas mãos e nos pés,
- febre baixa (até 38,5ºC),
- manchas avermelhadas pelo corpo,
- coceira frequente,
- dor no fundo dos olhos,
- vermelhidão nos olhos,
- tontura,
- dores musculares.
- distúrbios digestivos como náuseas, vômitos, diarreia e prisão de ventre, podem ocorrer, mas são menos comuns.

Tratamento: 

É feito apenas para aliviar o desconforto causado pelos sintomas, geralmente combinando o uso de analgésicos e antialérgicos. O uso de aspirina não é recomendável em razão do risco de sangramentos e, em crianças menores de 12 anos, risco de insuficiência hepática.

Consequências: Os pesquisadores ainda não conhecem em muitos detalhes a evolução da doença e seus possíveis riscos. Foram registradas no Brasil três mortes: um bebê que nasceu com microcefalia, uma adolescente de 16 anos e um homem que tinha uma doença autoimune. Na maior parte dos casos, a infecção pelo Zika vírus não parece provocar mais do que um mal-estar que pode durar algumas semanas, sem aparente desdobramentos de longo prazos. As consequências mais graves já registradas até hoje, além das mortes, são:

 * Síndrome de Guillain-Barré: em algumas pessoas, há sinais de que o vírus facilite o desenvolvimento da síndrome. O sistema de defesa começa atacar o próprio corpo e destrói a camada de gordura das células por onde são transmitidas as informações nervosas. Pode causar enfraquecimento muscular generalizado e até dificuldades para respirar, que podem resultar em uma parada respiratória.

 * microcefalia: o déficit do crescimento do cérebro do feto durante a gestação é uma das últimas consequências a ser descoberta. Ela é diagnosticada durante o pré-natal ou logo após o nascimento, quando o perímetro do crânio do bebê deve ter mais de 34 centímetros. Em 90% dos casos, a microcefalia pode causar atraso no desenvolvimento mental, dificuldades para enxergar e ouvir e distúrbios neurológicos, como ataques epilépticos. As primeiras evidências da ligação entre o Zika vírus e casos de microcefalia surgiram após o aumento repentino no número de bebês nascidos com a má formação no Estado de Pernambuco. Em 17 de novembro, exames encontraram indícios do vírus no líquido amniótico de duas mulheres que tiveram seus bebês diagnosticados com microcefalia. Em 24 de novembro, autoridades de saúde da Polinésia Francesa anunciaram que 17 bebês nasceram com a má formação entre 2014 e 2015 no território. No Brasil, até 30 de novembro, já foram registrados 1.248 casos de microcefalia em 311 municípios de 14 Estados, número 20 vezes acima do normal.

Prevenção:

Não há vacinas para evitar a infecção pelo Zika vírus. A melhor forma de combater a transmissão é acabar com focos onde o mosquito Aedes aegypti se prolifera, como recipientes com água parada. Para se proteger, vale usar repelentes, telas nas janelas e mosquiteiros para dormir. A hipótese da relação entre o vírus e os casos de má formação foi levantada por autoridades de saúde brasileiras depois que mais de uma centena de casos foram detectados em Pernambuco até outubro. Em 17 de novembro, o Instituto Oswaldo Cruz anunciou ter encontrado sinais do vírus no líquido amniótico de duas gestantes cujos bebês foram diagnosticados com microcefalia. Desde então, 1.248 casos de microcefalia foram confirmados em bebês de 14 Estados. O Ministério da Saúde aconselha que as mulheres que pretendem engravidar adiem os planos enquanto não há mais informações sobre a epidemia. O vírus é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue. Este ano, o Brasil enfrentou uma das piores epidemias de dengue da história e, com a chegada do verão e das chuvas, teme-se que o Zika vírus espalhe-se ainda mais rápido. Em seu alerta mundial, a OMS não endossou a recomendação de prevenção da gravidez, mas ressaltou que gestantes evitem o contato com o mosquito transmissor. Há suspeitas, ainda não confirmadas, de que o vírus possa ser transmitido através da placenta, pelo leite materno, por sangue e sêmen. Ainda não há vacinas que impeçam a infecção. A melhor maneira de se prevenir é acabar com possíveis focos do Aedes aegypti, eliminando recipientes que acumulem água parada. Repelentes, telas de proteção e mosquiteiros para dormir também são medidas importantes.